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Authorcompraremcaboverde.com|DateSep 22, 2025

Santiago vs São Vicente: o comparativo honesto

Cabo Verde consolidou-se como um dos mercados mais interessantes do Atlântico para quem procura combinar qualidade de vida e investimento. Em 2025, o imobiliário do arquipélago mostra sinais claros de maturidade: turismo resiliente, procura internacional diversificada, projetos melhor geridos e uma perceção crescente de estabilidade institucional. Some-se a isto preços de entrada ainda competitivos face a destinos europeus de praia e um ecossistema de serviços (gestão de alojamento, manutenção, mediação) cada vez mais profissional. Este guia explica, de forma prática, os motores de crescimento que sustentam a alta do mercado e o que o investidor deve avaliar para transformar potencial em resultados.


1) Turismo consistente e procura internacional

O turismo é o motor da economia cabo-verdiana e sustenta a procura por arrendamento de curta e média duração. Sal e Boa Vista mantêm a frente de praia e resorts; São Vicente e Santo Antão

ganham relevância com cultura e trilhos; Santiago concentra serviços e história.

Este portefólio de ilhas complementares dilui riscos sazonais e atrai perfis distintos: famílias, nómadas digitais, surfistas/kitesurfistas e viajantes culturais.

2) Preços de entrada ainda competitivos

Comparado com arquipélagos europeus (Canárias, Madeira) ou zonas costeiras de grande procura, os preços por m² em Cabo Verde continuam geralmente mais acessíveis, sobretudo fora das primeiras linhas de praia.

Para o investidor, isto melhora a relação preço/rendimento e abre espaço para valorização de médio prazo, à medida que a oferta qualificada se consolida.

3) Estabilidade e enquadramento pró-investimento

Cabo Verde é reconhecido pela estabilidade política e segurança, fatores decisivos para capital internacional. O enquadramento para aquisição por estrangeiros é direto, com possibilidade de propriedade plena, e o processo notarial, quando bem assessorado, é transparente.

A previsibilidade institucional reduz o “custo de incerteza” do investimento.

4) Profissionalização de gestão e serviços

O amadurecimento do mercado trouxe uma rede mais robusta de gestores de propriedades, equipas de limpeza/manutenção e mediadores.

Para investidores não residentes, a existência de operações “chave na mão” (check-in/out, reporting, precificação dinâmica) viabiliza a exploração de alojamento local com qualidade, elevando taxas de ocupação e reputação em plataformas.

Um aprofundamento sobre este tema pode ser visto no artigo Como comprar um imóvel em Cabo Verde passo a passo

.

5) Diversificação de ilhas e estratégias

  • Sal / Boa Vista: foco em praia e desportos de vento; forte apelo internacional; desempenho sólido em alta temporada.
  • São Vicente (Mindelo): cultura, música, vida urbana; boa base para workations e eventos.
  • Santo Antão: trilhos e natureza; potencial em alojamento boutique e experiências.
  • Santiago (Praia / Cidade Velha): serviços, história e ligações internas; estadias mistas lazer/negócios.

Esta diversidade permite ajustar o portefólio ao perfil de risco: rendimento estável vs. valorização futura.


6) Rentabilidade: onde está o “alpha”?

A chave está na curadoria do ativo: localização a pé da praia/centro, varandas/terraços, Wi-Fi confiável, A/C, decoração coerente e fotografias profissionais.

Com gestão ativa (calendário, tarifas por época, estadias mínimas) e experiência do hóspede bem desenhada, é possível alcançar rendimentos brutos atrativos.

A sazonalidade existe, mas pode ser mitigada com canais de venda diversificados e estadias médias em épocas de vento ou eventos culturais.

7) Riscos e como mitigá-los

  • Sazonalidade: planear cashflow com cenários conservadores e reservas para despesas fixas.
  • Qualidade construtiva desigual: due diligence técnica e seleção de promotores com histórico.
  • Gestão insuficiente: contratos claros, SLAs e relatórios mensais.
  • Localizações remotas: ponderar logística, custos de manutenção e impacto na ocupação.

8) Processo de compra: boas práticas

  • Assessoria jurídica local para verificar registos e titularidade.
  • Vistoria independente (estrutura, canalização, eletricidade, exposição à maresia).
  • Simulação de exploração (cenários de ocupação, tarifas, comissões de gestão).
  • Custos diretos (notário, impostos, registo) e indiretos (mobília, enxoval, marketing).
  • Plano de saída (reventa, uso próprio, alongamento de estadias para reduzir rotatividade).

Conclusão

O imobiliário de Cabo Verde está em alta em 2025 porque alia fundamentos sólidos (turismo, estabilidade, serviços) a preços de entrada ainda competitivos e um crescente profissionalismo na operação de alojamentos.

Para o investidor que procura equilíbrio entre estilo de vida e retorno, o arquipélago oferece uma proposta rara.

A diferença entre um bom negócio e um excelente resultado está na curadoria do ativo, na gestão e na disciplina de execução.