Entre Atlântico, África e Europa, Cabo Verde consolidou-se como um dos mercados insulares mais interessantes para quem procura unir qualidade de vida e retorno. Em 2025, a combinação de turismo resiliente, estabilidade institucional, oferta mais profissionalizada e preços de entrada ainda competitivos cria uma janela de oportunidade difícil de ignorar. Para além das praias de Sal e Boa Vista
, cidades como Mindelo (São Vicente) e Praia (Santiago) ampliam a procura por estadias culturais, de trabalho remoto e negócios. Para um enquadramento estratégico complementar, vale conferir o playbook de 2025 (EN) e uma visão prática sobre crédito “facile” para estrangeiros (FR).
1) O que está diferente em 2025
- Procura turística diversificada: famílias europeias no inverno, nómadas digitais ao longo do ano, eventos desportivos (vento/surf) e calendarização cultural.
- Profissionalização da oferta: mais gestores de propriedades, melhores operações de limpeza/manutenção, pricing dinâmico e fotografia profissional como norma.
- Confiança institucional: estabilidade política e segurança pessoal reforçam a atratividade do arquipélago para capital estrangeiro.
- Conectividade e serviços: Internet mais robusta (fibra/4G) nos principais centros, o que sustenta workations e estadias médias.
2) Preços de entrada e trajetória de valorização
Comparado com arquipélagos europeus (Canárias, Madeira) e destinos costeiros maduros, o preço por m² em Cabo Verde mantém-se, em muitos casos, mais acessível, sobretudo fora da primeira linha de praia. Isto melhora a relação preço/rendimento e abre espaço para valorização à medida que:
- empreendimentos de melhor qualidade substituem stock antigo,
- bairros consolidados ganham serviços,
- e a reputação do destino se fortalece em nichos (kitesurf, trilhas, cultura).
- Para contexto macro, veja também por que o mercado está “booming” em 2025 (FR): análise 2025.
3) Onde a procura se concentra (ilhas e perfis)
- Sal/ Santa Maria: praia + vento + vida noturna leve. Alta ocupação na época de inverno europeu; T0–T2 bem mobilados performam melhor.
- Boa Vista: resorts e natureza mais selvagem; produto family-friendly e unidades com boa varanda/sol.
- São Vicente/ Mindelo: cultura, música e base excelente para Santo Antão. Procura de workation e escapadas culturais; apartamentos centrais ganham liquidez.
- Santo Antão: trilhas e turismo de natureza; pousadas/aparthotéis boutique com curadoria.
- Santiago/ Praia + Cidade Velha: estadias mistas (negócios, cultura). Interessa para portefólios que procuram diversificação de sazonalidade.
4) Rendimentos: de onde vem o “alpha”
O desempenho superior nasce da curadoria do ativo:
- localização a pé de praia/centro,
- Wi-Fi estável e A/C,
- varanda/terraço e boa insonorização,
- decoração coerente e fotografia profissional,
- anúncios bem geridos (calendário, resposta rápida, upsell de late check-out).
Com gestão ativa, é comum ver brutos de 6–10%, lembrando que a sazonalidade exige reserva financeira e estratégia de preço por época. Para complementar com visão estratégica, leia o playbook 2025 (EN).
5) Riscos (e como os mitigar)
- Sazonalidade: combine canais (Airbnb/Booking + estadias médias em época de vento/eventos), use tarifas dinâmicas e mínimo de noites eficiente.
- Qualidade construtiva desigual: due diligence técnica (estrutura, canalização, elétrica, salinidade) e histórico do promotor.
- Localizações remotas: logística de manutenção e menor ocupação; avalie bem antes de optar por zonas muito isoladas.
- Gestão fraca: contratos com SLAs, reporting mensal e metas de ocupação/reviews.
- Câmbio e taxas: alinhe moeda de dívida/receita; considere taxa fixa quando fizer sentido para o seu perfil.
- Quer entender financiamento em detalhe? Veja o panorama em francês: crédito para estrangeiros (FR)
6) Quadro legal e custos de aquisição (resumo)
- Propriedade por estrangeiros: permitida.
- Escritura: em cartório; advogado local recomendado para verificar títulos e registos.
- Custos habituais: 3–5% (notário, registo, impostos), além de mobília, enxoval, seguros e fit-out.
- Financiamento: via banco local, país de origem ou developer financing. Para o passo a passo em PT, siga o guia de compra
7) Como escolher o imóvel certo (checklist)
- Tese de procura (quem é o seu hóspede-alvo e porquê ali).
- Microlocalização (pé na areia/centro? ruído? orientação solar? estacionamento?).
- Condomínio e gestão (áreas comuns, elevadores, fundo de reserva, regras de AL).
- Vistoria independente (estrutura/instalações/isolamento).
- Business plan realista (ocupação por época, comissão do gestor, CAPEX e OPEX).
- Plano B (uso próprio, alongar estadias, canais alternativos, mid-term stays).
8) Roteiro de decisão em 6 passos
- Definir objetivo (rendimento vs. segunda casa com partial let).
- Escolher ilha/bairro alinhados ao objetivo.
- Filtrar ativos por microlocalização + atributos críticos (Wi-Fi, A/C, varanda).
- Simular exploração (tarifas, ocupação, custos, impostos).
- Garantir a segurança jurídica (advogado + certidões + registos).
- Fechar com cronograma (entrega, fit-out, go-live do anúncio e playbook de gestão).
Conclusão: por que “agora”
2025 reúne fundamentos (turismo, estabilidade, serviços) e preços de entrada ainda interessantes, antes que a maturidade comprima rendimentos. Para perfis que buscam equilíbrio “prazer + retorno”, Cabo Verde oferece uma tese clara: ativos bem localizados + operação profissional = ocupação saudável e valorização. Para transformar a tese em execução, combine o guia de compra passo a passo (PT) com o playbook estratégico 2025 (EN) e, se for usar alavancagem, revise o panorama de crédito para estrangeiros (FR)
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